Laranjeiras do Sul, 10 de Maio de 2025.
Fraudes no INSS desviaram bilhões e levantam alerta sobre empréstimos consignados
Brasília – Em meio a um escândalo bilionário envolvendo fraudes em benefícios do INSS, o deputado federal Geraldo Mendes (partido/UF) se posicionou de forma contundente a favor da criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as irregularidades. O parlamentar assinou o pedido de instalação da CPMI e exige apuração rigorosa: “Chega de roubalheira! Os culpados precisam ser encontrados e punidos.”
Segundo dados oficiais, as fraudes já causaram um rombo de R$ 6,3 bilhões nos cofres públicos. Além disso, pairam suspeitas sobre R$ 90 bilhões em empréstimos consignados, que podem estar sendo concedidos de maneira irregular, muitas vezes sem o consentimento dos beneficiários.
“O INSS deveria proteger os mais vulneráveis, mas está sendo usado como máquina de corrupção. É um absurdo que aposentados e pensionistas sejam alvos de esquemas que envolvem bancos, atravessadores e servidores públicos. A CPI é o mínimo que o Congresso deve fazer diante desse descalabro”, disse Mendes em pronunciamento.
Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que o sistema de controle do INSS tem falhas históricas, agravadas pela digitalização dos serviços e pela terceirização de etapas sensíveis, como a verificação de dados e a concessão de empréstimos. “É um cenário perfeito para fraudes sofisticadas, com prejuízo direto para o erário e para cidadãos indefesos”, afirma o economista José Tavares, professor da UnB.
Mendes reforça que sua atuação será firme dentro da CPMI. “Assinei esse pedido com a convicção de que o Brasil não aguenta mais ver dinheiro público escoando por rachaduras da corrupção. Queremos nomes, provas e punições exemplares.”
A expectativa é de que a CPMI seja instalada ainda neste semestre, com a convocação de representantes do INSS, bancos, empresas terceirizadas e até ex-gestores. O caso reacende o debate sobre a necessidade de maior transparência e fiscalização em programas sociais e previdenciário.