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O Passado Obscuro e a Coroa da "Rainha dos Baixinhos": O Caso Xuxa em "Amor Estranho Amor"

 


Laranjeiras do Sul, 05 de Julho de  2025

Uma controvérsia persistente cerca a figura de Xuxa Meneghel, a icônica "Rainha dos Baixinhos", e sua participação no filme "Amor Estranho Amor" (1982). A questão central é como uma atriz que protagonizou cenas de conotação sexual com um adolescente de 12 anos, interpretado por Marcelo Ribeiro, pôde, posteriormente, ascender ao estrelato no universo infantil. Este paradoxo moral e ético, muitas vezes varrido para debaixo do tapete na narrativa de sua carreira, merece uma análise crítica e sintetizada.



Xuxa e Marcelo Ribeiro 


O enredo de "Amor Estranho Amor" mergulha em um ambiente de degradação moral e política. Hugo (Marcelo Ribeiro), um garoto de 12 anos, é levado por sua avó para a casa de sua mãe, Anna (Vera Fisher), uma amante do influente político Osmar Passos (Tarcísio Meira). A mansão, que funciona como um bordel de luxo e palco para festas e orgias políticas, torna-se o cenário para as experiências traumáticas do menino. É nesse contexto que Tamara, interpretada por Xuxa, surge como uma jovem que se interessa por Hugo, culminando em cenas que, dadas as idades dos atores e o teor explícito, geraram e continuam gerando profundo desconforto e questionamentos.



Xuxa na atualidade 

Décadas após o lançamento do filme, e com a solidificação de Xuxa como um fenômeno da cultura pop infantojuvenil, a contradição salta aos olhos. Como a imagem de inocência e pureza, vendida e amplamente aceita por milhões de crianças e seus pais, pôde ser construída sobre um alicerce de um passado cinematográfico tão perturbador?

A discussão sobre "Amor Estranho Amor" não se limita à liberdade artística ou ao contexto de uma época. Ela toca em questões delicadas de exploração, pedofilia (ainda que no plano da ficção, a representação impacta), e a responsabilidade de figuras públicas que transitam entre diferentes universos artísticos. A transição de Xuxa, de um papel tão controverso para o posto de ícone infantil, levanta questionamentos sobre a seletividade da memória coletiva e a capacidade da indústria do entretenimento em redefinir e reembalar a imagem de seus artistas.

É crucial que o público, especialmente em tempos de maior conscientização sobre a proteção da infância e a ética na mídia, reflita sobre esses episódios do passado. A história de "Amor Estranho Amor" não é apenas um lembrete de um filme esquecido, mas um ponto de interrogação sobre a construção da fama e a responsabilidade moral daqueles que moldam o imaginário de gerações.

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