Laranjeiras do Sul, 20 de Agosto de 2025.
O ano de 2024 ficará marcado na memória política de Nova Laranjeiras. Não apenas pelas pesquisas desencontradas, pelas brigas nas esquinas e nas redes sociais, mas, sobretudo, pela circulação recorde de cestas básicas, botijões de gás e vales combustível.
Entre os cabos eleitorais mais empolgados, destacava-se um comerciante local do ramo alimentício. Segundo relatos, ele acreditava ter descoberto a fórmula definitiva para conquistar votos. “Se tem uma coisa que garante voto mais que cesta básica, eu não conheço”, confidenciava a amigos.
E foi assim que o homem mergulhou de cabeça na missão de eleger seus aliados. Rodou bairros, sítios, comunidades e até encruzilhadas rurais, distribuindo e prometendo cestas básicas. Alguns exageram e dizem que ele chegou a entregar 3.000 cestas — quase metade do eleitorado do município, estimado em 7.000 votantes. Outros, mais realistas, afirmam que prometeu muito mais do que poderia cumprir e acabou entregando pouco mais de 1.500. A operação ainda incluía carregamentos de gás e vales de combustível, ação que moradores batizaram de “Bolsa Eleição”.
Depois de tanto esforço e investimento, parecia impossível perder. Mas, como lembra um velho ditado: “urna não tem coração”. Na noite da apuração, os números não sorriram para o comerciante. A derrota veio pesada, junto com o prejuízo — e uma boa dose de desespero.
No dia seguinte, seu estabelecimento amanheceu praticamente vazio, com quase nada para vender, enquanto ele era cobrado a cada cinco minutos por eleitores que não receberam as cestas prometidas. Reza a lenda que, se falar em cesta básica perto do individuo, "o homem vira num urutu cruzeiro”.
E, como diz o caboclo: “rapadura é doce, mas não é mole não”.
Fonte: História fictícia qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência