Especialmente quando consideramos que os mesmos vereadores que recentemente aprovaram generosos aumentos salariais para o prefeito Berto Silva e seu vice Valdemir Scarpari, juntamente com outros funcionários da administração municipal, agora são os responsáveis por aprovar uma medida que corta os direitos fundamentais dos professores municipais.
O timing dessa ação, ocorrendo em um ano eleitoral, é particularmente intrigante. Essa decisão não apenas reduziu drasticamente as chances de reeleição dos vereadores da situação, mas também praticamente inviabilizou as ambições políticas do atual vice-prefeito e pré-candidato a prefeito, Valdemir Scarpari.
Por outro lado, a oposição, liderada pelo empresário e pré-candidato a prefeito Jailson Mendes, emerge fortalecida.
Os vereadores da oposição, notadamente o incansável defensor dos professores, Juvinha Viola, ganharam destaque por sua luta incansável em prol dos direitos da classe.
Agora, muitos apontam que a eleição está praticamente entregue nas mãos de Jaison Mendes, que disparou na liderança das pesquisas. O clima de renovação permeia a cidade, trazendo uma sensação de mudança iminente.
No entanto, alguns entendidos do jogo político sugerem que, para o atual prefeito Berto Silva, seria mais vantajoso que Scarpari fosse derrotado nas eleições.
Afinal, o próximo governante enfrentará uma série de desafios e obrigações financeiras, o que poderia facilitar o retorno de Berto em 2028, apresentando-se como o candidato "salvador da pátria".
Diante desse cenário complexo, fica claro que os interesses políticos estão em jogo, muitas vezes obscurecendo as preocupações genuínas com o bem-estar da comunidade. Enquanto os políticos manobram para garantir sua sobrevivência política, são os cidadãos e, neste caso, os professores, que sofrem as consequências de decisões impulsivas e motivadas pelo oportunismo eleitoral.
A verdadeira democracia só pode florescer quando os representantes eleitos priorizam o interesse público sobre seus próprios interesses partidários e pessoais.
