Laranjeiras do Sul, 22 de Fevereiro de 2025.
Era uma tarde ensolarada e de calor escaldante na Capital da Amizade. Mariazinha desfilava com seu possante FIAT Uno 2014, que, depois de tantas batidas, mais parecia um Fusquinha 63. Mas até que ela era uma motorista de primeira! Sim, de primeira, porque, quando tentava engatar a segunda, o disco de embreagem pedia misericórdia.
E lá ia ela, reinando pelas ruas da terrinha, quando, ao passar por um colégio, distraída pelo fervo da criançada, aconteceu o inevitável: CABRUM! Bateu de frente com o Ford Del Rey de Jorjão, que também vinha distraído.
O impacto foi forte. Jorjão, meio atordoado, desceu do carro. O farol, rebaixado; mas o para-choque, duro. Avançou em direção a Mariazinha, pronto para tirar satisfação. Mas Mariazinha não se intimidou. Apesar da cara feia de Jorjão, ela encarou bonito e, sem medo nenhum, chegou junto.
O que começou como uma discussão acalorada, que dava a impressão de que os dois iriam se agarrar e rolar na terra, logo virou uma conversa animada. E, de fato, se agarraram e rolaram — mas não na terra.
O que começou com gritaria passou para uma conversa macia e calorosa. Entre xingamentos e risadas, os dois decidiram resolver a questão de um jeito mais civilizado. O resultado? Uma tarde recheada de carícias, com direito a champanhe e banho de espuma em um motel da cidade.
Hoje, Mariazinha recorda com saudades daquele encontro inusitado. E até hoje não esquece das batidas de Jorjão — que, mais liso que um bagre ensaboado, sumiu no mundo.
Mas um detalhe não sai de sua cabeça: como explicar à filha o verdadeiro modo como conheceu o pai? Bem, essa é uma história para outra batida... digo, outra hora!