Laranjeiras do Sul, 07 de Julho de 2025.
A Polícia Civil do Paraná, no município de Ponta Grossa encerrou o inquérito e, após juntar todos os ingredientes de um relacionamento digno de novela mexicana, indiciou uma mulher de 38 anos por lesão corporal grave. O motivo? Um "estimulante" aplicado em local bastante sensível do ex-companheiro, de 36 anos, resultando em ferimentos graves e, claro, uma ida nada romântica ao hospital.
O episódio ocorreu no dia 9 de junho, por volta das 9h da manhã – um horário que costuma ser reservado ao café, mas que neste caso teve um desfecho bem mais indigesto. O casal, que carregava nas costas um histórico de pelo menos sete registros de violência e medidas protetivas, decidiu que o fim do relacionamento de quatro anos não seria assim tão pacífico.
De acordo com a investigação do 2º Distrito Policial, a mulher foi até a casa do ex para discutir um tema nobre: um celular. Como toda visita da “mocinha ingênua” que se apresenta disposta a apenas conversar, a situação evoluiu (ou involuiu) para relações sexuais – segundo o homem. Durante o ato, a mulher teria aplicado uma substância corrosiva, apresentada como um “estimulante sexual”. O resultado foi uma queimadura química no órgão genital da vítima, com direito a necrose, internação hospitalar e cirurgia. Ele segue internado e, infelizmente, pode ficar com sequelas permanentes – físicas e provavelmente psicológicas.
A mulher, por sua vez, apresentou sua versão: diz que foi ameaçada, coagida a comparecer, apesar da medida protetiva. Afirma ainda que a relação não foi consensual e que usou o tal produto como forma de defesa – produto este, segundo ela, já estaria ali no local, apenas esperando a ocasião propícia para causar um pequeno apocalipse íntimo.
Apesar das justificativas, a polícia entendeu que houve uma certa... desproporção na reação da investigada. Afinal, violar uma medida protetiva para ir ao encontro do ex e sair distribuindo produtos corrosivos não costuma ser a forma mais recomendada de se proteger.
Com base em laudos médicos, depoimentos e demais provas, a mulher foi indiciada por lesão corporal de natureza grave – crime com pena prevista de 1 a 5 anos de reclusão. O caso agora está nas mãos do Ministério Público, que avaliará se oferece ou não denúncia formal.
Enquanto isso, fica o alerta: em tempos de amores tóxicos, é melhor pensar duas vezes antes de aceitar um “estimulante” suspeito – principalmente vindo de uma “mocinha ingênua” que chega com cara de conversa e sai deixando rastros de hospitalização.